
Tanto Alexandre como Anna Jatobá disseram ao júri que ele segurava o filho Pietro no colo no momento em que enconstou na rede de proteção da janela e viu que Isabella estava caída no gramado do condomínio. No momennto em que Anna confirmou o que o marido havia dito no depoimento anterior, a assistente de defesa, Roselle Soglio, levou as mãos ao rosto e balançou a cabeça, em sinal de reprovação.
Essa versão contradiz o laudo pericial segundo o qual as marcas da camiseta que Alexandre usava no dia do crime batem com a tela de proteção, mas seriam causadas se ele se tivesse ficado debruçado com os dois braços para o lado de fora da janela, com a pressão de quem segura um objeto de 25 kg —o peso de Isabella.
Com base nesse laudo, a períta Rosângela Monteiro disse categoricamente que Alexandre defenestrou (jogou violentamente) a filha pela janela.
O que compromete a versão do casal é o fato de a camisa de Alexandre ter marcas nos dois ombros, além de nenhum vestígio da rede ter sido encontrado em Pietro.
A defesa pretendia contestar a precisão do laudo, já que o teste do IC (Instituto de Criminalística) não reproduziu exatamente as mesmas condições do apartamento no dia do crime. Os peritos construíram em laboratório a janela do apartamento, reproduzindo detalhes da rede, como tensão e tipo de fibra. O IC utilizou então um modelo com o mesmo peso e altura de Alexandre (vestindo uma camiseta de fibra parecida), mas fez o teste sobre uma mesa, enquanto o homem que matou Isabella estava ajoelhado sobre um colchão.
Roselle Soglio questionou a perita, durante o depoimento, se essa diferença não poderia causar uma alteração no resultado do teste, provocando marcas diferentes na camiseta. Defendendo as conclusões do laudo, Rosângela disse que sim, haveria uma alteração, já que o modelo “afundaria” no colchão, mas que a disparidade entre 2 e 3 cm de altura não faria diferença para o resultado do teste.
Soglio rebateu na sequência. “Faz diferença sim, mas isso será provado mais à frente”. As discussões sobre as provas ocorrem hoje na fase de debates entre acusação e defesa, que começou às 10h26 e deve durar nove horas. Os advogados ainda tentarão colocar essa prova em dúvida
FONTE: ÚLTIMA INSTÂNCIA
FONTE: ÚLTIMA INSTÂNCIA
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