Os militares brasileiros que participaram e os que ainda fazem parte de missões de paz em vários países foram elogiados pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, hoje (28), durante solenidade em que se comemorou o Dia Internacional dos Mantenedores da Paz (Peacekeepers) da Organização das Nações Unidas (ONU). O evento foi realizado pela Força Aérea Brasileira, para homenagear os boinas azuis, como são chamados os soldados que participam dessas missões.

A requisição dos soldados brasileiros para missões da ONU, de acordo com o ministro, significa "o reconhecimento tácito da competência profissional, da coragem e da dedicação daqueles que, heroicamente, entregaram suas vidas à nobre causa da paz.” Jobim lembrou que as Nações Unidas têm legitimidade reconhecida internacionalmente nas operações de paz, o que mostra ainda mais claramente "o grau de responsabilidade que o Brasil assume em relação à paz e à segurança mundiais."

Jobim destacou que o Departamento de Operações de Paz da ONU vem exigindo que as missões evoluam tanto conceitualmente quanto operacionalmente. Segundo o ministro, altos escalões da organização "fazem elogios ao soldado brasileiro confirmando sua seriedade e competência profissional, aliadas à firmeza de atitudes, espírito humanitário, imparcialidade e coragem no cumprimento das missões.”

A história dos boinas azuis, assim chamados por usarem capacetes dessa cor, começou no dia 28 de maio de 1948, quando o Conselho de Segurança da ONU expediu resolução autorizando a formação da primeira operação de manutenção da paz na Palestina, para monitorar o cessar fogo e o armistício entre Israel e os países árabes vizinhos.

O Dia Internacional dos Mantenedores da Paz é comemorado em todo o mundo e foi instituído pela ONU em 2003. O Brasil já participou de 26 operações de manutenção da paz, entre elas a de Moçambique, Angola, da República Dominicana, do Timor Leste e Haiti.